"Deus é rico em misericórdia!" Com esta
afirmação, São Paulo (Efésios 2, 4-10) nos convida a meditar a maior e a mais
importante verdade que encontramos nas páginas do Evangelho: "Deus tem pena do seu povo!"
Somos convidados a meditar esta verdade, neste quarto domingo de quaresma, para
que perguntemos para nós mesmos: Nós somos conscientes de que fazemos parte do
povo de Deus? Temos certeza de que Ele usa de misericórdia para conosco? Estas
são as duas perguntas que precisamos responder afirmativamente para celebrar a
Páscoa, caso contrário, celebraremos mais uma festa, sem o sentido da Páscoa.
Para termos uma ideia do verdadeiro sentido da Páscoa, as leituras hoje nos
apresentam dois fatos históricos.
O primeiro
está no livro das Crônicas (2Crônicas 36, 14-23) "Todos os chefes dos sacerdotes e o povo multiplicaram suas
infidelidades imitando as práticas abomináveis das nações pagãs, e profanaram o
templo que o Senhor tinha santificado em Jerusalém. Ora, o Senhor Deus de seus
pais dirigia-lhes frequentemente a palavra por meio dos seus mensageiros,
admoestando-os com solicitude todos os dias, porque tinha compaixão do seu povo
e da sua própria casa. Mas eles zombavam dos enviados de Deus, desprezavam suas
palavras. Os inimigos invadiram Israel, incendiara a casa de Deus, derrubaram
os muros de Jerusalém. Nabucodonosor levou cativos para Babilônia os que
escaparam à espada, e eles tornaram-se escravos do rei e dos seus filhos".
Deus teve compaixão do seu povo que salvou a vida, mas vivia escravo na Babilônia.
Permitiu que Ciro, rei da Pérsia, se apoderara de Babilônia, e "moveu o seu coração e mandou publicar
em todo o seu reino, de viva voz e por escrito, a seguinte proclamação: 'Assim
fala Ciro, rei da Pérsia: o Senhor, Deus do céu, deu-me todos os reinos da
terra e encarregou-me de lhes construir um templo em Jerusalém, que está no
país de Judá. Quem dentre vós todos pertence ao seu povo? Que o Senhor, seu
Deus, esteja com ele, e que se ponha em caminho’". Assim, Deus devolve
a seu povo a terra que Ele havia prometida à Abraão e à sua descendência.
Jesus se
apresenta como a maior prova de que Deus nos ama, com estas palavras (João 3,
14-21): "Deus amou tanto o mundo,
que deu o 'seu Filho Unigênito, para que não morra todo aquele que nele crer,
mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para
condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem nele crê não é
condenado, mas quem não crê, já está condenado, porque não acreditou no Filho
unigênito. Ora, o, julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os homens
preferiram as trevas à luz,' porque suas ações são más. Quem pratica o mal
odeia a luz e não se aproxima da luz, para que as suas ações não sejam denunciadas.
Mas que age conforme a verdade aproxima-se da luz, para que se manifeste que
suas ações são realizadas em Deus".
Este é o Tempo
da Quaresma, tempo de escolher: ser filho da luz, imitando o exemplo e os
conselhos de Jesus e garantir a paz e a vida eterna. Ou ser filho das trevas,
seguindo o exemplo e as teorias dos homens, com sua injustiça e violência.
Monsenhor Antonio
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